Fanzine "Rock Final", publicação coordenada por António Sérgio, reunia os textos difundidos no programa de rádio, Rolls Rock, durante 1981, assuntos que iam desde os Motorhead aos Stranglers, passando pelo Zappa, Joy Division etc... Os textos eram de autoria de António Sérgio e dos colaboradores do programa Rolls Rock.
"O Alfinete" Punkzine tem o prazer de apresentar ao vivo, a banda alemã The Not Amused, um dos nomes cimeiros do Punk-rock germânico da actualidade. Os The Not Amused já andam nestas andanças do Punk-rock/powerpop desde 2005, com dois mini-albuns editados, um LP split com os X-Prays, um ep, e participações em colectâneas. Uma Banda já com alguma tarimba no Punk-rock, já tocaram com os Fast Cars, The Jetz, The Carpettes, Long Tall Shorty, Private Dicks, entre outros.
Esta será a primeira actuação da banda em Portugal, estando garantido muito pogo e muito sing-a-long, será um concerto de Punk-rock até ao tutano.
É de marcar na agenda, dia 27 de Março, quinta-feira, no Popular de Alvalade, na rua António Patrício nº11 B, traseiras da Av. Estados Unidos da América, perto do Pingo Doce, 22 horas, entrada 4€.
Actualmente, para mim, começa a ser complicado falar da música contemporanea,
não me refiro a música estrambólica, mas sim à música dos dias de hoje. Tal
handicap leva-me a ter poucos trunfos debaixo da manga para digladiar-me com os
musicólogos da musica corrente. Faço mea culpa, talvez a minha veia esteja
inquinada pelo antigamente, podendo ser alcunhado de musicólogo contra-corrente.
Esta introdução serve de preambulo para a aprazível empresa de escrever a
crítica ao novo album dos The Cry!, banda de Portland, que são um dos trunfos que
tenho e que lanço sempre em conversas quando o tema é a música do agora.
Posso dizer que os The Cry! caíram-me no goto logo no primeiro momento. Praticantes
de um powerpop de uma qualidade quase fora do normal para bandas actuais,
podemos comparar os The Cry! a uma daquelas novas maquinas de cozinhar em que
escolhemos os melhores ingredientes e os pomos na dita cuja, resultando daí um daqueles
bolos ou cozinhados que só são vistos em fotos de revistas de culinária.
Os The Cry! conseguiram chamar atenção dentro do espectro Powerpop. O seu
primeiro album foi um tiro bem dado no meio musical, com temas de um calibre a
roçar o classicismo powerpeano. Os The Cry! apresentam-se de novo ao
serviço com o "Dangerous Game", album que tem saída prevista
para Março de 2014, e que é composto por 10 temas, que desfilam com todo o
glamour na passadeira do powerpop/glam/punk.
Os The Cry! são uma banda que
consegue tratar por “tu” o powerpop, usando e abusando do glam sem que este
seja apenas um mero adorno de confecção, como é o caso do tema
"Discotheque", com uma intro velvetiana, que nos puxa para
o que de bom se fez nos 70's, uma glamzada com powerpop, um dos pontos altos do
album. Se este o desenho não é eficiente, então imaginemos uns Milk
n Cookies em 2014. As influências que circulam pelas cordas e pelas
carolas, melhor pelas tarolas dos The Cry! estão bem vincadas, são fáceis de
detectar ao longo do disco, mas não se pense que são handicaps, pelo contrário,
são selos de garantia numa altura em que somos enganados a torto e a direito.
Mal começamos a ouvir
“Dangerous Game” somos conduzidos por uma estrada bem pavimentada pelo glitter
do glam-rocknroll, sempre ladeada pela melodia dos 60’s, com algumas curvas
punk, que dão o devido embalo para uma velocidade controlada sempre com a
sinalética do powerpop presente. No tema “Dangerous game” somos
presenteados por um punk/powerpop que mistura velocidade com uma melodia de primeira, “Smirk” é daqueles temas para ser
single de apresentação, “He said she said” é mel para os ouvidos de um catchy
que cola e não descola, imaginemos uns Epicycle.
”Shakin” segue os tramites
do glam-rock com toques rock n roll, um tema que não envergonham em nada os
avôs, NY Dolls. Mas no fundo do álbum esconde-se um dos melhores temas, "Same
old Story", um género de cereja no fundo do bolo, um tema à la The Boys.
Concluindo, os The Cry! estão no bom caminho, sem grandes desvios e com uma
condução segura e perfeita. Tudo aponta para um destino brilhante.
É certo que o natal já passou, mas como diz o velho ditado "o natal é quando o homem quiser" e hoje é dia de presentear todos os curiosos do rock Português com um achado arqueológico, desta vez não é um disco mas sim uma cassete áudio. Cassete áudio algo que nos dias hoje carrega o rótulo de obsoleto, pese embora esta cassete ter algo de especial, além de ser uma edição única, só existe neste formato, as 4 bandas que surgem, nunca editaram nada em outro formato, excepção vai para os Sui Generis que viram os dois temas presentes nesta compilação serem editados num single em vinil.
A cassete foi editada em 1982 pela Discossete, em pleno boom do rock, embora não tenha sido caso único no que toca a edições exclusivas em formato cassete, já que na mesma altura também foi lançada a cassete/álbum da banda Sui Generis. Com uma capa um pouco tosca, o bom gosto foi coisa que nunca imperou no design de capas durante o período boom rock, abstenho-me de comentar o título da cassete "Burro da Pesada" (ahahahah).
Em relação ao conteúdo da cassete, temos altos e baixos, os pontos altos vão sem dúvida para os Vodkas, praticantes de um nwobhm meio apuncalhado, basta por os ouvidos no tema "Eles andam a solta", para notar isso. O outro tema não tem o feeling do anterior, mas também não compromete, nwobhm corrido. Se os dois temas dos "Os Vodkas" tivessem sido editado em single, acho que tínhamos uma pérola cobiçada pelos coleccionadores.
Os Globo Sounds, tocavam um roquinho sem sal, com os teclados da praxe e a guitarrinha sem chama. Os Sui Generis com o seu Pub-rock mantém o nível, já o Jorge Humberto, é o parente pobre da cassete, com o seu rock/ska de baile.
Qualquer parecença deste blog com um consultório de tarot ou de cartomancia é pura coincidência. Começam a ser muitos os casos de bandas obscuras que tem chegado ao consultório, upss ao blog, desta feita, são mais uns filhos da grande albion, os Switch 7. Saber quem eram, o que fizeram, como é que acabaram... é coisa que nem os búzios conseguem descortinar, resta-nos a música do presumivelmente único registo. Datado de 1980, editado pela Noisy Records, não preciso dos búzios para dizer que com quase 100% certeza que a editora era da banda. Colocada a agulha, somos presenteados por um powerpop assertivo, bem patente no tema "Credit Card", um tema que denota uma maturação que me permite colocar este tema ao mesmo nível de algumas bandas de créditos firmados, Vapors ou Any Trouble poderiam ter sido rivais dos Switch 7 nas tabelas de vendas, caso os Switch 7 tivessem editado por uma Stiff Records. O outro tema, "You win" mantém a bitola do aceitável.
Uma banda inglesa com um nome que é familiar, chama sempre à atenção, e os The Sines, não desiludem, foram uma das descobertas nos dois últimos anos, descoberta essa fruto de uma pesquisa no youtube. Passado quase dois anos de procura, eis que finalmente chega-me às mãos o seu único single, editado pelos próprios em 1982.
Os The Sines eram um power-trio , constituído por Doug Palfreeman(guitarra/voz) , Paul Burns (baixo) e Geoff Pozsar, com uma média de idades a rondar os 18 anos.
Dois temas de garras afiadas, que deixam uma marca indelével com o seu powerpop bem vincado, "Wishing my Life" é de caras o tema forte, catchy até dizer chega, já "She Knows" tem uns toques de Mod revival, um tema mais conciliador, em certas partes vem à memória os The Chords.
Voltando aos dados biográficos, a banda começou pelo Punk com outra designação, The Slaves, sem nunca terem materializado o seu som, mudam a rotulagem para The Sines, e gravam em Novembro de 1981 os dois temas que surgem no single. O single teve algum airplay em algumas rádios, tendo recebido elogios também da imprensa escrita, a banda chega a actuar num programa de televisão.
Em 1982 gravam uma demo-tape com dois temas, "Johnathon" e "Daydream". Em 1983 é editado um flexi-disc pelo jornal Melody Maker, nesse flexi-disc aparece o tema "Johnathon", mais um tema forte de powerpop sem contemplações.
Faleceu no passado dia 9 de Novembro o guitarrista e membro fundador dos Crise Total e dos Asfixia, Rui Ramos, mais conhecido por Rui Rocker. Com um percurso sempre ligado ao punk, começou em 1978 com a banda Crise, que mais tarde daria origem aos Crise Total. É sem dúvida uma perda para o movimento Punk nacional, quero aqui deixar as minhas condolências à família e amigos do Rui Rocker.
O frutuoso mercado discográfico Português, continua a dar-nos prendas, verdadeiros tesouros. E que tesouro!!!!
A banda chama-se Coniorquestra, só o nome da banda é o suficiente para deixar de sobreaviso o pobre do ouvinte. Eram das Caldas das Taipas e gravaram o registo em 1984.
Os títulos das músicas parecem ser comestíveis, Gino, inocentemente a primeira coisa que pensei é que fosse uma cópia sucedânea do tema Geno, dos Dexy's, mas não, é mesmo um original dos Coniorquestra. No lado inverso, "Will You", sim é mesmo uma versão do original da Hazel O'Connor, tema que surge na banda sonora "Breaking Glass".
Definir a música dos Coniorquestra, requer alguma ginástica auditiva, podemos rotular de rock português, tem todos os ingredientes do boom do rock tuga, produção deficiente, teclados mal tocados (basta ouvir o "solo" das teclas para concluir que o Nelson não estudou na mesma escola do Jean Michel Jarre), letra inconsequente, sobre um tal Gino, mas isso é o menos.
Agora a verdadeira pérola é a versão "Will You", não sabemos se é cantada em galês, mirandês ou portugalês, o melhor é fecharmos os olhos e ouvirmos a voz aveludada do vocalista, ela irá guiar-nos para o limbo.
Outro detalhe deste artefacto, é a capa, ficamos a saber que nas Caldas das Taipas há bons spots para a pesca, será que o gajo que estava a pescar era o agente dos Coniorquestra?
Continuando o assunto sobre produtos de origem duvidosa, e continuando a bater na tecla "Blondie", é altura de levantar o pano e mostrar dois "actos" de pura usurpação sonora. O heterónimo usado pela quadrilha não podia ser mais que um indicador de mau gosto, La Ruvia, outro sinal de mau gosto está bem patente na escolha dos dois temas de um dos artefactos, "Heart of Glass" e no lado oposto uma tema de disco/fatela das The Clout. Mas pior é a escolha da capa, uma modelo que personifica que nem uma luva, uma personagem tirada do filme Amityville, talvez da sequela nº9 do mesmo filme.
No outro registo gravado pela quadrilha "La Ruvia" impera até o bom gosto, quer na escolha dos temas interpretados"Picture this" e "Hanging on the Telephone", quer na modelo exposta na vitrine (leia-se capa frontal), ahahhah. Ambos os registos são de 1979, de relembrar que também foi editado um album só com versões dos Blondie, a capa é do melhor cheesecake editado por estas bandas, isto porque, Portugal foi um país que até panificou alguns cheesecakes apeteciveis.
A despedida do programa de rádio "Mundo Subnormal" vai ser em grande, com a projecção de dois filmes sobre a cena Punk da Irlanda do Norte. O acontecimento vai decorrer na 6ªfeira 18 Out em Madrid. Quem não conhece o trabalho radiofónico do Mundo Subnormal, ainda vai a tempo de escutar os vários programas realizados ao longo dos ultimos anos, é só dar um salto ao blog, http://mundosubnormal.blogspot.pt/
Da minha parte e da parte do fanzine "O Alfinete" quero agradecer toda a promoção prestada por parte do pessoal do Mundo Subnormal, pessoal esclarecido em matérias que vão desde o Punk 77, Powerpop ou Mod-revival, não é por acaso que fecham a "loja" com uma sessão de cinema dedicada ao Ulster 77.
Poucos conhecem-no por António Ferrão, mas por Toy, a maioria dos autóctones já o reconhece como um dos representantes máximos da música ligeira ou brejeira. Toy e António Ferrão são a mesma pessoa, mas antes de ser Toy, António Ferrão teve uma incursão pela música Germânica com a banda Prestige. A aventura resultou num single bilingue, Berlin (na língua de Goethe) e Mini Saia, em Português para alemão ouvir. O disco não vem datado, mas tudo aponta para o inicio dos 80's, as apostas vão para o ano de 1982 ou 83 (no máximo).
Posto o disco a correr, somos presenteados com o tema, "Berlin", música engraçada na linha de Pub-rock com incrustados New Wave. Não sendo um tema de outro mundo, não moí os ouvidos mais exigentes, ouve-se. Segue-se o tema "Mini Saia", o instrumental não desilude, um powerpop-new wave recatado sem grande fulgor, o mesmo não se pode dizer da voz do António Ferrão, um timbre deslocado do registo instrumental.
Estávamos em 1982, uma altura em que ouvir falar de Punks em
Portugal era o mesmo que ouvir falar de uma espécie rara e em vias de extinção.
Desenganaram-se aqueles que pensavam que os Punks já tinham morrido, a
reportagem da revista “Mais” veio confirmar o pior dos receios, os Punks
estavam vivinhos da silva. A reportagem foi conduzida por Gil Montalverne, que encarna quase na perfeição o estilo de David Attenborough. Empreendeu uma viagem de “alto” risco ao
mundo hostil dos Punks, para poder relatar os seus hábitos alimentares,
comportamentais, sua indumentária, as suas relações com as demais tribos
urbanas….
Gil teve de ir a terreno, constatar os factos que estavam
relacionados com a espécie Punk, para isso deslocou-se a selva urbana Londrina,
meio habitat onde se podia encontrar os exemplares mais espalhafatosos da
espécie. Começou a sua expedição por King’s Road, na busca do Punk “perdido”, depara-se inicialmente com um exemplar, mas não, não era um Punk, mas
sim uma “futurista”, um subgénero de Punk mas mais aburguesado, isto nas
palavras do explorador. Mas não demorou muito para descobrir os Punks, claro,
com as devidas precauções resultantes de avisos prévios de possíveis roubos de
material fotográfico ou de violência.
O jornalista começa a questionar os
Punks, as perguntas giraram em torno do trivial: trabalho, nazismo, amor e
outras banalidades, as respostas foram evasivas. Não se pense que o trabalho do
jornalista fora fácil, além do risco de poder ter a sua integridade física em
perigo, o jornalista ainda sentiu a carteira a ficar mais leve a cada pergunta
que lançava, por que para acercar-se dos Punks e ganhar a sua confiança, teve
de ir desembolsando umas libras. No final do texto somos brindados por vários
remates, todos para a bancada do sensacionalismo e do moralismo. Em jeito de conclusão, esta reportagem é dos poucos trabalhos jornalísticos da época, que aborda a segunda vaga do Punk, a denominada Legião UK 82.
Já ai está o cartaz do Bastard Rock, a encabeçar o certame rockeiro, estão os míticos Eddie Hot Rods, considerados pelos melhores historiadores como a primeira banda "punk" a tocar em Portugal. É de esperar clássicos e mais clássicos, façam já as vossas listas de "músicas pedidas".
Para abrilhantar a noticia, uma foto dos Aqui d'el Rock, de 1978, com o cartaz do concerto dos Eddie Hot Rods com os Aqui d'el Rock como pano de fundo.
Depois desta converseta toda, que venham a música dos Eddie Hot Rods:
Deixando de lado o obscurantismo nacional, a resenha de hoje é dedicada a uma banda, D.N.A., por sinal também obscura. Existe pouca ou quase nenhuma informação acerca da banda, apenas que editaram um ep (4 temas) e duas cassetes. O EP que está na imagem é de 1983, foi editado pela Confidential Records sob tutela da SRT, uma editora que lançou muita banda obscura, de vários quadrantes, Punk ao NWOBHM. O som dos D.N.A. andava pelo Powerpop musculado com um pé no mod revival.
Pessoal de Lisboa e arredores, já podem adquirir o fanzine "O Alfinete", na loja de discos, Magic Bus, Calçada do Duque nº17A, perto dos restauradores e do chiado. Uma boa oportunidade também para ver as últimas novidades em vinil e cd.
Eis uma pérola das publicações musicais dos inícios dos 80's, de seu nome, "Som Único". A publicação tinha sede em Almada, a maioria dos textos eram assinados pela "Equipe", uma equipe que tanto escrevia sobre o António Moreno como sobre o Martial Solal.
O nº0, é de 1983, o mês fica para os astrólogos descobrirem. A revista fazia-se valer de um grafismo singelo, assente num formato A3, ocupando um total de 8 páginas.
A capa do Som único reflectia um pouco o caminho tortuoso pelo que a música Portuguesa caminhava, um autêntica salada russa untada por azeite "martelado". Vejamos, António Moreno (quem?), em destaque, Armando Gama e os locais "Roquivarios". O "recheio" da publicação promete, (hummm), ficamos a saber que o "...António Moreno não tinha descansado, desde que começará a cantar em dueto com a Sissi....", por entre anúncios ao "Talho 6" e ao restaurante "Xico Carreira", há umas resenhas a discos, escrevem mil e um maravilhas do álbum dos Xutos, 1978/82, escrevem sobre o grupo francês de synth-wave, Kas Product. Fica-se também a saber que para os Roquivários, "os piores instrumentalistas eram os UHF".
Devido a austeridade, o fanzine "O Alfinete" deixa de lado o colorido e passa apresentar-se a preto branco. Esta pequena mudança na altera em nada o conceito e o objectivo de continuar a dar cor ao Punk e seus afilhados. A impressão continua a ter qualidade e não desilude os mais exigentes. A todos interessados em receber uma cópia do "O Alfinete", é entrar em contacto, rocknoliceu@gmail.com
Cardápio do #5, 28 páginas, A5:
- Texto sobre o Glam-rock e Proto-Punk e respectiva discografia das edições Portuguesas.
- Entrevistas aos The Stiffs e aos Eskizofrénicos
- Biografia dos Opinião Pública, 2 páginas.
- Texto sobre o Roxy Club, clube Londrino ligado intrinsecamente ao Punk.
- Texto, "Festival Cascais Rock 1980, The Skids+999"
- Criticas aos novos discos, Clockwork Boys, La Stasi, Kidz next Door, Mother's Children, Los Chicos, Marching Orders, The Stiffs.
- Texto, The Heartbreakers "L.A.M.F."
- Punk na Polónia.
Estado Sitio, assim se chamava o fanzine, publicado por Paulo Borges, vocalista dos Minas & Armadilhas. Não sei se é o primeiro fanzine Punk Português, mas que tem um valor histórico isso é inegável. Graças ao blog Minas & Armadilhas, é possivel ver as duas páginas que componham o nº6 do "Estado Sitio", de 1979, a verificar no blog: http://minasarmadilhas.blogspot.pt/