quinta-feira, 29 de abril de 2010

Hush! , Glam Powerpop belga 1975


Quem foram estes tipos chamados Hush! ?

- Foram uma banda de Glam-rock proveniente da Bélgica, editaram uns singles, sempre numa toada Glam. O mais estranho, é que foi editado um single dos Hush! em Portugal, por uma tal editora Intercontinental Fonográfica (que raio de nome), que era especializada em música africana. Editou alguns singles da editora belga Best Seller.


O single em questão é mais um exemplo da falta de criatividade que reinou nos meados dos anos 70 (abençoado Punk), lado A, glam-rock desinteressante, no lado B os Hush! gravaram uma música que fugia aos contornos do glam e que situa-se mais no campo do Powerpop, uma música ao estilo dos Badfinger.


http://crazeekids-music.blogspot.com/search/label/Hush%20%28Belgium%29

http://bovverboogie.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

SVT - No Regrets 1981 , o Power do Rock de Bay Area




Originários de San Francisco, os SVT dão os primeiros sinais de vida em 1978, comandados por Jack Casady (já com escola no rock, tinha feito parte dos Jefferson Airplane e dos Hot Tuna).

Lançam o primeiro single em 1979, "New Year", editando no mesmo ano mais um single e no ano seguinte 1980 editam um EP. Para finalmente em 1981 editarem o primeiro e único longa duração, "No Regrets", ao primeira audição fica-se com a impressão que é um disco gravado "ao vivo", com uma produção com poucos adornos, um disco em que as composições oscilam entre o powerpop e o rock conceptual, com temas um pouco longos, onde cada músico dá o ar de sua graça.
Em 2005 a editora Rykodisc reeditou o album "No Regrets" em CD, com 4 temas extras.

SVT - "You don't rock me"






SVT - "Waiting for You"




domingo, 18 de abril de 2010

Entrevista: Nuno Ludovice (Brigada do Reumático)


da esquerda para a direita: João Azevedo (Baixo); João Braga (Guitarra solo); Paulo Braga (Guitarra); Carlos Costa (Bateria ); Nuno Ludovice (teclas e voz); Paulo Ferreira(Guitarra)

O Boom do rock Português foi um fenómeno musical, que teve o seu tempo, pode-se questionar a qualidade musical produzida nesses tempos, mas é inquestionável a importância que teve na música portuguesa.

Uma das bandas que surgiu do Boom Rock Português, foram os Brigada do Reumático, banda desconhecida para a maioria, que deixou para a história um single em 1982, "Bebedeira Colossal", single que já foi aqui falado no blog.

Hoje publico uma entrevista em exclusivo para o Blog, com o vocalista e compositor, Nuno Ludovice, a quem desde já agradeço a disponibilidade na realização da entrevista.

1- Como introdução, podes contar um pouco sobre o começo do grupo Brigada do Reumático? Um dado curioso nos BR era o facto de terem 3 guitarristas.
Nuno Ludovice - No princípio dos anos 80 houve um grande entusiasmo no então chamado movimento do rock português, em grande parte fomentado pelo programa das tardes da Rádio Comercial intitulado "Rock em Stock " da responsabilidade de Luís Filipe Barros. O "Rock em Stock", para além da divulgação da música internacional, começou igualmente a divulgar o denominado rock português, destacando-se grupos então na linha do chamado “Rock Progressivo”, como eram o caso dos Tantra, os Ananga Ranga, os “Salada de Frutas” entre outros.

No início dos anos 80, aparecem o Rui Veloso e os UHF, seguindo-se depois inúmeras bandas como os Trovante, GNR, Táxi, Heróis do Mar, entre outras. Foi portanto neste contexto que se deu a formação da Brigada do Reumático no início dos anos 80. A oportunidade para o lançamento público da banda surgiu na sequência do lançamento do Festival “Só Rock”, iniciativa da responsabilidade da Rádio Comercial, tendo-se realizado a sua primeira eliminatória a 2 de Maio de 1981.

Não obstante não ter-mos conseguido chegar à final, a nossa participação permitiu a visibilidade suficiente para a banda vir a ser objecto de interesse por parte da editora Promusix, onde juntamente com o nosso grupo, viriam também a lá a ser editados os discos dos Pedra d'Hera (álbuns em 1982 e 1984) e Gonzaga, todos produzidos pelo técnico de som Fioteio Dias (Filo).O facto do grupo integrar três guitarras, constituiu, na minha óptica, uma das mais valias para a consistência e amplitude harmónica que se pode depreender nos registos que foram gravados no único single editado, com as musicas “bebedeira colossal” e “pai da aviação”, respectivamente lado A e B.

O papel do guitarrista “solo” João Braga na produção das linhas rítmicas e harmónicas das guitarras foi crucial para a criação de uma certa homogeneidade do som final da banda, não só no diálogo estabelecido entre as guitarras, mas igualmente na sua integração com os outros instrumentos.

2- Quais foram as influências musicais mais importantes para os BR ?

Nuno Ludovice - As influências eram múltiplas no amplo universo de diversidade de grandes bandas internacionais existentes, muitas delas já vindo dos anos 70 e, naturalmente outras já formadas nos anos 80. Enquanto compositor da banda, e falando num registo mais pessoal, no meu universo de referências poderei referenciar os Génesis, Camel, Supertramp, Dire Straits, Steve Winwood, Tubes, já nos anos 80 destacaria os Foreigner, Marillion, Prefabsprout, entre tantos outros.



3- Musicalmente como definirias o som dos BR ? Para quem conhece o single, achas que as músicas gravadas nesse single são a melhor amostra do que os BR fizeram na altura?

NL - As músicas que foram gravadas na altura procuravam responder a um registo de compromisso entre algumas referências das bandas atrás referidas. Paralelamente procurava-mos que as mesmas fossem dançáveis. Julgo que essas duas perspectivas se podem encontrar nas duas músicas gravadas, cujo registo final me parece não ter sido, para o melhor e para o pior, estereotipado, ou dito comercial.


4- Como é que surgiu a possibilidade de editarem o single em 1982? A Promusix editou alguma música Portuguesa, tudo bandas desconhecidas para a maioria, a relação banda-editora era a ideal?

NL - (Uma parte desta pergunta já se encontra respondida na pergunta 1).
A relação entre a banda e editora não foi infelizmente a melhor, sobretudo no processo de prensagem do disco (então executado sob a responsabilidade da editora Valentim de Carvalho), cujo resultado ficou muito sofrível. Bastará mencionar nas variações de velocidade notórias ao longo do desenrolar dos temas. Não obstante a nossa veemente reclamação, obrigando inclusivamente a editora a proceder a uma segunda prensagem, as falhas detectadas, ainda que minoradas, nunca viriam a ser resolvidas, facto que abalou profundamente a relação existente entre nós e a editora, e que vira a culminar na nossa saída da Promusix.

5- Com a edição do single “Bebedeira Colossal”, existiram expectativas de vossa parte para seguir uma carreira musical? Existiu a possibilidade de serem editados mais singles ou mesmo um álbum?

NL - As expectativas de continuidade em face desta desastrosa experiência, acabariam por se gorar e atendendo a que a maioria dos elementos do grupo já exerciam a sua actividade profissional, pouco, a pouco o entusiasmo foi esmorecendo, acabando por verificar-se a dissolução da banda no ano seguinte.

6 – Qual foi a aceitação por parte das rádios e do público em relação ao single ? Tens alguma ideia de como é que correram as vendas do single ?

NL - A aceitação, não obstante todos os constrangimentos que a produção do single envolveu, não correu nada mal, a avaliar por alguns indicadores que então dispúnhamos.Mas a referida deficiente qualidade na prensagem do single, acabou por constituir um facto fortemente comprometedor.



7 - Os BR chegaram a ter alguma exposição mediática (Programas de TV, entrevistas a jornais.)?

NL - Sim, tivemos apresentações na rádio: Programa “Rock em Stock”, “Passeio dos Alegres”, na televisão no programa “Bom dia Portugal” e realizamos ainda um Teledisco que passou em alguns programas de televisão. Igualmente na imprensa a banda deu algumas entrevistas, nomeadamente no Jornal Sete, entre outros.


8- E em relação a concertos, os BR chegaram a tocar com alguns nomes maiores do Rock Português? Podes contar quais foram os concertos mais marcantes?

NL - A única participação ao vivo ocorreu no âmbito do Festival “Só Rock”, no Jardim da Sereia em Coimbra com uma audiência enorme. Uma experiência inesquecível!




9- Depois dos BR, chegaste a participar em mais alguns projectos musicais?

NL - Sim, mas, como direi, mais para consumo interno.


10- Sentes alguma nostalgia dos tempos dos Brigada Reumático?

NL - Embora tenha sido um tempo algo efémero, como se depreende da pequena história do grupo, ficam sem duvida as saudades de um período muito fértil no plano da musica portuguesa, onde o estimulo para a criatividade era uma constante. Foi com efeito uma conjuntura que muito nos enriqueceu não só no plano artístico, mas também humano.


11- Queres deixar algum comentário final?

NL - Apenas agradecer esta entrevista e o facto de se ter lembrado de nós. Afinal há muito que julgava a BR no “arquivo morto”, e esta foi uma boa oportunidade para revisita-la.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Concerto homenagem John Lennon, Universidade Nova Lisboa 30-01-1980

Concerto de homenagem a John Lennon, participaram as seguintes bandas, Opinião PúBlica, Pizzo Lizzo, UHF e uns tais 35 Lefts (alguém sabe alguma coisa sobre esta banda??). O texto publicado na TV Guia de 1980, nada diz sobre a prestação das bandas, excepto que os 35 Lefts foram os primeiros a tocar porque"um dos elementos da banda tinha que estar em casa antes das 23 horas".
O texto dá particular enfâse ao caos que se instalou durante o concerto, vidros partidos, alcatifas queimadas, blahblah.

terça-feira, 13 de abril de 2010

The Members


The Members- G.L.C.





Os The Members nunca me despertaram grande interesse, mas o 4º single, "Killing Time" tem anexado no lado B uma boa malha de Punk-rock, "G.L.C.".
Em Portugal os The Members foram alvo de edições, foram para o escaparates das discotecas portuguesas, dois singles,um maxi-single e os dois primeiros lp's. O mais interessante é que o single "Killing Time" foi editado em Portugal com as faixas trocadas, ora se o Killing Time era o lado A oficial, em Portugal o lado A foi a música "G.L.C." enquanto o "Killing Time" foi relegado para o lado B.
Outro facto curioso reside na capa Portuguesa do single, sendo ligeiramente diferente da inglesa.
Para finalizar fica uma pequena noticia sobre os The Members.

Cartaz: Festival Santos da Casa


segunda-feira, 12 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Este Sábado Festa "Rock no Liceu" 3º Aniversário, 10 Abril,


Festa "Rock no Liceu - 3º aniversário", dia 10 de Abril - Sábado, Bar Corto - Rua da Rosa 136 Bairro Alto, Lisboa, entrada livre, inicio 22 horas até as 3 da manhã.

Cardápio Sonoro a cargo de DJ Merton: Punk-rock (só o clássico de 1976 até 80 e tais), PowerPop da rua, New Wave, Pub Rock de puro malte....

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Malcolm Mclaren (1946-2010)


Faleceu esta 5ª feira, um dos nomes incontornáveis do movimento Punk, Malcolm Mclaren, o homem que esteve na origem ,no sucesso e no fim dos Sex Pistols.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Procuram-se: Blue Kids, Vade Retrum, Brigada de Choque





Procura-se informações (biografias,fotos,músicas...) dos grupos, Blue Kids, Vade Retrum, Brigada de Choque, estes grupos são todos da fornada de 1979. Se alguém souber alguma coisa sobre estas bandas que diga algo.

domingo, 4 de abril de 2010

Sta-Prest - "Schooldays" ,1980, mod revival primaveril


Depois dos últimos posts terem sido dedicados ao punk e ao powerpop, hoje é a vez de dedicar ao mod-revival. Nada melhor com um dos melhores singles editados no período do revivalismo mod, "Schooldays" single com a assinatura dos Sta-Prest.

Foi o único registo que os Sta-Prest deixaram à humanidade, a música que dá título ao single, é um hino que apela às reminiscências escolares de cada um, uma música viciante com lugar cimeiro na tabela das melhores composições do Mod-Revival (diria que está no Top 10).

E o engraçado é que alguma da juventude portuguesa do inicio dos 80's teve o previlégio de poder ouvir o single dos Sta-Prest, isto porque, o single foi editado em Portugal pela mão da editora Rossil.

Os Sta-Prest regressaram à actividade há dois anos, participaram no Mods Mayday e em mais alguns concertos em 2009. Está nos planos da banda a edição de um CD com material antigo.

Sta-Prest - Schooldays




Faz hoje 3 anos que o Rock no Liceu apareceu


Rock no Liceu desde 2007 a propagar o Punk-rock, PowerPop, Mod, a New Wave e outros sons.
No dia 10 Abril, há Festa "Rock no Liceu" das 22h-03h.
A foto que aparece para ilustrar o post de hoje é dum liceu Lisboeta, quem acertar recebe um brinde, eu sei qual é o Liceu, sei que sou suspeito porque andei lá de 1988 até 1996 eheheh