quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Switch 7 , o crédito da obscuridade.

Qualquer parecença deste blog com um consultório de tarot ou de cartomancia é pura coincidência. Começam a ser muitos os casos de bandas obscuras que tem chegado ao consultório, upss ao blog, desta feita, são mais uns filhos da grande albion, os Switch 7. Saber quem eram, o que fizeram, como é que acabaram... é coisa que nem os búzios conseguem descortinar, resta-nos a música do presumivelmente único registo. Datado de 1980, editado pela Noisy Records, não preciso dos búzios para dizer que com quase 100% certeza que a editora era da banda. Colocada a agulha, somos presenteados por um powerpop assertivo, bem patente no tema "Credit Card", um tema que denota uma maturação que me permite colocar este tema ao mesmo nível de algumas bandas de créditos firmados, Vapors ou Any Trouble poderiam ter sido rivais dos Switch 7 nas tabelas de vendas, caso os Switch 7 tivessem editado por uma Stiff Records. O outro tema, "You win" mantém a bitola do aceitável.

 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

terça-feira, 26 de novembro de 2013

The Sines

Uma banda inglesa com um nome que é familiar, chama sempre à atenção, e os The Sines, não desiludem, foram uma das descobertas nos dois últimos anos, descoberta essa fruto de uma pesquisa no youtube. Passado quase dois anos de procura, eis que finalmente chega-me às mãos o seu único single, editado pelos próprios em 1982.
Os The Sines eram um power-trio , constituído por Doug Palfreeman(guitarra/voz) , Paul Burns (baixo) e Geoff Pozsar, com uma média de idades a rondar os 18 anos.
Dois temas de garras afiadas, que deixam uma marca indelével com o seu  powerpop bem vincado, "Wishing my Life" é de caras o tema forte, catchy até dizer chega, já "She Knows" tem uns toques de Mod revival, um tema mais conciliador, em certas partes vem à memória os The Chords.

Voltando aos dados biográficos, a banda começou pelo Punk com outra designação, The Slaves, sem nunca terem materializado o seu som, mudam a rotulagem para The Sines, e gravam em Novembro de 1981 os dois temas que surgem no single. O single teve algum airplay em algumas rádios, tendo recebido elogios também da imprensa escrita, a banda chega a actuar num programa de televisão.
 Em 1982 gravam uma demo-tape com dois temas, "Johnathon" e "Daydream". Em 1983 é editado um flexi-disc pelo jornal Melody Maker, nesse flexi-disc aparece o tema "Johnathon", mais um tema forte de powerpop sem contemplações.

sábado, 16 de novembro de 2013

Rui Rocker

Faleceu no passado dia 9 de Novembro o guitarrista e membro fundador dos Crise Total e dos Asfixia, Rui Ramos, mais conhecido por Rui Rocker. Com um percurso sempre ligado ao punk, começou em 1978 com a banda Crise, que mais tarde daria origem aos Crise Total. É sem dúvida uma perda para o movimento Punk nacional, quero aqui deixar as minhas condolências à família e amigos do Rui Rocker.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Conio quê?

O frutuoso mercado discográfico Português, continua a dar-nos prendas, verdadeiros tesouros. E que tesouro!!!!
A banda chama-se Coniorquestra, só o nome da banda é o suficiente para deixar de sobreaviso o pobre do ouvinte. Eram das Caldas das Taipas e gravaram o registo em 1984.
 Os títulos das músicas parecem ser comestíveis, Gino, inocentemente a primeira coisa que pensei é que fosse uma cópia sucedânea do tema Geno, dos Dexy's, mas não, é mesmo um original dos Coniorquestra. No lado inverso, "Will You", sim é mesmo uma versão do original da Hazel O'Connor, tema que surge na banda sonora "Breaking Glass".
 Definir a música dos Coniorquestra, requer alguma ginástica auditiva, podemos rotular de rock português, tem todos os ingredientes do boom do rock tuga, produção deficiente, teclados mal tocados (basta ouvir o "solo" das teclas para concluir que o Nelson não estudou na mesma escola do Jean Michel Jarre), letra inconsequente, sobre um tal Gino, mas isso é o menos.
 Agora a verdadeira pérola é a versão "Will You", não sabemos se é cantada em galês, mirandês ou portugalês, o melhor é fecharmos os olhos e ouvirmos a voz aveludada do vocalista, ela irá guiar-nos para o limbo.
 Outro detalhe deste artefacto, é a capa, ficamos a saber que nas Caldas das Taipas há bons spots  para a pesca, será que o gajo que estava a pescar era o agente dos Coniorquestra?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

La Ruvia, a febre da Loira.

Continuando o assunto sobre produtos de origem duvidosa, e continuando a bater na tecla "Blondie", é altura de levantar o pano e mostrar dois "actos" de pura usurpação sonora. O heterónimo usado pela quadrilha não podia ser mais que um indicador de mau gosto, La Ruvia, outro sinal de mau gosto está bem patente na escolha dos dois temas de um dos artefactos, "Heart of Glass" e no lado oposto uma tema de disco/fatela das The Clout. Mas pior é a escolha da capa, uma modelo que personifica que nem uma luva, uma personagem tirada do filme Amityville, talvez da sequela nº9 do mesmo filme.

No outro registo gravado pela quadrilha "La Ruvia" impera até o bom gosto, quer na escolha dos temas interpretados"Picture this" e "Hanging on the Telephone", quer na modelo exposta na vitrine (leia-se capa frontal), ahahhah. Ambos os registos são de 1979, de relembrar que também foi editado um album só com versões dos Blondie, a capa é do melhor cheesecake editado por estas bandas, isto porque, Portugal foi um país que até panificou alguns cheesecakes apeteciveis.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Cinema; Ulster 77 em Madrid, a despedida do Mundo Subnormal.

 
A despedida do programa de rádio "Mundo Subnormal" vai ser em grande, com a projecção de dois filmes sobre a cena Punk da Irlanda do Norte. O acontecimento vai decorrer na 6ªfeira 18 Out em Madrid. Quem não conhece o trabalho radiofónico do Mundo Subnormal, ainda vai a tempo de escutar os vários programas realizados ao longo dos ultimos anos, é só dar um salto ao blog, http://mundosubnormal.blogspot.pt/

Da minha parte e da parte do fanzine "O Alfinete" quero agradecer toda a promoção prestada por parte do pessoal do Mundo Subnormal, pessoal esclarecido em matérias que vão desde o Punk 77, Powerpop ou Mod-revival, não é por acaso que fecham a "loja" com uma sessão de cinema dedicada ao Ulster 77.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Toy e a New Wave.


Poucos conhecem-no por António Ferrão, mas por Toy, a maioria dos autóctones já o reconhece como um dos representantes máximos da música ligeira ou brejeira. Toy e António Ferrão são a mesma pessoa, mas antes de ser Toy, António Ferrão teve uma incursão pela música Germânica com a banda Prestige. A aventura resultou num single  bilingue, Berlin (na língua de Goethe) e Mini Saia, em Português para alemão ouvir. O disco não vem datado, mas tudo aponta para o inicio dos 80's, as apostas vão para o ano de 1982 ou 83 (no máximo).


Posto o disco a correr, somos presenteados com o tema, "Berlin", música engraçada na linha de Pub-rock com incrustados New Wave. Não sendo um tema de outro mundo, não moí os ouvidos mais exigentes, ouve-se. Segue-se o tema "Mini Saia", o instrumental não desilude, um powerpop-new wave recatado sem grande fulgor, o mesmo não se pode dizer da voz do António Ferrão, um timbre deslocado do registo instrumental.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Punk's not dead à Portuguesa.


Estávamos em 1982, uma altura em que ouvir falar de Punks em Portugal era o mesmo que ouvir falar de uma espécie rara e em vias de extinção. Desenganaram-se aqueles que pensavam que os Punks já tinham morrido, a reportagem da revista “Mais” veio confirmar o pior dos receios, os Punks estavam vivinhos da silva. A reportagem foi conduzida por Gil Montalverne, que encarna quase na perfeição o estilo de David Attenborough. Empreendeu uma viagem de “alto” risco ao mundo hostil dos Punks, para poder relatar os seus hábitos alimentares, comportamentais, sua indumentária, as suas relações com as demais tribos urbanas….


Gil teve de ir a terreno, constatar os factos que estavam relacionados com a espécie Punk, para isso deslocou-se a selva urbana Londrina, meio habitat onde se podia encontrar os exemplares mais espalhafatosos da espécie. Começou a sua expedição por King’s Road, na busca do Punk “perdido”, depara-se inicialmente com um exemplar, mas não, não era um Punk, mas sim uma “futurista”, um subgénero de Punk mas mais aburguesado, isto nas palavras do explorador. Mas não demorou muito para descobrir os Punks, claro, com as devidas precauções resultantes de avisos prévios de possíveis roubos de material fotográfico ou de violência.

 


O jornalista começa a questionar os Punks, as perguntas giraram em torno do trivial: trabalho, nazismo, amor e outras banalidades, as respostas foram evasivas. Não se pense que o trabalho do jornalista fora fácil, além do risco de poder ter a sua integridade física em perigo, o jornalista ainda sentiu a carteira a ficar mais leve a cada pergunta que lançava, por que para acercar-se dos Punks e ganhar a sua confiança, teve de ir desembolsando umas libras. No final do texto somos brindados por vários remates, todos para a bancada do sensacionalismo e do moralismo. Em jeito de conclusão, esta reportagem é dos poucos trabalhos jornalísticos da época, que aborda a segunda vaga do Punk, a denominada Legião UK 82.
 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Eddie Hot Rods, Castelo Branco, 21 Setembro

Já ai está o cartaz do Bastard Rock, a encabeçar o certame rockeiro, estão os míticos Eddie Hot Rods, considerados pelos melhores historiadores como a primeira banda "punk" a tocar em Portugal. É de esperar clássicos e mais clássicos, façam já as vossas listas de "músicas pedidas".
Para abrilhantar a noticia, uma foto dos Aqui d'el Rock, de 1978, com o cartaz do concerto dos Eddie Hot Rods com os Aqui d'el Rock como pano de fundo.
Depois desta converseta toda, que venham a música dos Eddie Hot Rods:

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Fanzine "O Alfinete" #5 à venda na Porto Calling, Loja de discos.

O novo numero da fanzine "O Alfinete" #5, está disponível na loja de discos, Porto Calling, na Rua da Conceição 80 - loja 2, no Porto.

Em Lisboa, o "O Alfinete" está à venda na Magic Bus, Calçada do Duque, 17-A


sexta-feira, 26 de julho de 2013

D.N.A. - Extended Play, 1983

Deixando de lado o obscurantismo nacional, a resenha de hoje é dedicada a uma banda, D.N.A., por sinal também obscura. Existe pouca ou quase nenhuma informação acerca da banda, apenas que editaram um ep (4 temas) e duas cassetes. O EP que está na imagem é de 1983, foi editado pela Confidential Records sob tutela da SRT, uma editora que lançou muita banda obscura, de vários quadrantes, Punk ao NWOBHM. O som dos D.N.A. andava pelo Powerpop musculado com um pé no mod revival.




sexta-feira, 19 de julho de 2013

"O Alfinete" à venda na Magic Bus, loja de discos, Lisboa.

Pessoal de Lisboa e arredores, já podem adquirir o fanzine "O Alfinete", na loja de discos, Magic Bus, Calçada do Duque nº17A, perto dos restauradores e do chiado. Uma boa oportunidade também para ver as últimas novidades em vinil e cd.

http://www.recordjunkie.com/stores/view/1421

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Som Unico, um espectaculo de informação musical.

Eis uma pérola das publicações musicais dos inícios dos 80's, de seu nome, "Som Único". A publicação tinha sede em Almada, a maioria dos textos eram assinados pela "Equipe", uma equipe que tanto escrevia sobre o António Moreno como sobre o Martial Solal.

O nº0, é de 1983, o mês fica para os astrólogos descobrirem. A revista fazia-se valer de um grafismo singelo, assente num formato A3, ocupando um total de 8 páginas.
A capa do Som único reflectia um pouco o caminho tortuoso pelo que a música Portuguesa caminhava, um autêntica salada russa untada por azeite "martelado". Vejamos, António Moreno (quem?), em destaque, Armando Gama e os locais "Roquivarios". O "recheio" da publicação promete, (hummm), ficamos a saber que o "...António Moreno não tinha descansado, desde que começará a cantar em dueto com a Sissi....", por entre anúncios ao "Talho 6" e ao restaurante "Xico Carreira", há umas resenhas a discos, escrevem mil e um maravilhas do álbum dos Xutos, 1978/82, escrevem sobre o grupo francês de synth-wave, Kas Product. Fica-se também a saber que para os Roquivários, "os piores instrumentalistas eram os UHF".

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Alfinete, a preto e branco.

Devido a austeridade, o fanzine "O Alfinete" deixa de lado o colorido e passa apresentar-se a preto branco. Esta pequena mudança na altera em nada o conceito e o objectivo de continuar a dar cor ao Punk e seus afilhados. A impressão continua a ter qualidade e não desilude os mais exigentes. A todos interessados em receber uma cópia do "O Alfinete", é entrar em contacto, rocknoliceu@gmail.com

Cardápio do #5, 28 páginas, A5:
  - Texto sobre o Glam-rock e Proto-Punk e respectiva discografia das edições Portuguesas.
 - Entrevistas aos The Stiffs e aos Eskizofrénicos
 - Biografia dos Opinião Pública, 2 páginas.
 - Texto sobre o Roxy Club, clube Londrino ligado intrinsecamente ao Punk.
 - Texto, "Festival Cascais Rock 1980, The Skids+999"
 - Criticas aos novos discos, Clockwork Boys, La Stasi, Kidz next Door, Mother's Children, Los Chicos, Marching Orders, The Stiffs.
 - Texto, The Heartbreakers "L.A.M.F."
 - Punk na Polónia.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Estado Sitio, um documento histórico do Punk Português.

Estado Sitio, assim se chamava o fanzine, publicado por Paulo Borges, vocalista dos Minas & Armadilhas. Não sei se é o primeiro fanzine Punk Português, mas que tem um valor histórico isso é inegável. Graças ao blog Minas & Armadilhas, é possivel ver as duas páginas que componham o nº6 do "Estado Sitio", de 1979, a verificar no blog: http://minasarmadilhas.blogspot.pt/

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Canal Youtube, Rock no Liceu

Paralelamente ao Blog, que tem andado um pouco apagado, é verdade, continua o serviço público noutra plataforma, youtube, com a publicação de vídeos. Fica ai algumas amostras do canal Rock no Liceu.

Aston Hall, EP editado em 1980, punk/powerpop de primeira página.
Johnny Darke, single de 1979, um desconhecido que editou um single bastante catchy, pela Carrere, a mesma label dos Kidda Band e de muita banda obscura. Este single tem potencial para daqui a uns tempos andar nas want-lists de muita boa gente, já safei a minha cópia por um preço módico.
O melhor tema dos Proles, punk-rock de uma perfeição quase arrepiante, merecia ter sido o single do mês na Sounds, isto, se tivesse sido editado, é uma pena, uma bomba deste calibre não ter saído da cassete.
"Isobel", uma das melhores baladas que o Punk viu a nascer e que nunca foi editada, a este nível, só me lembro da malha "Run Forever" dos The Automatics, dois temas que foram injustamente esquecidos.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Punk / New Wave no Top, 1980

O recorte do dia, é a tabela do "Top" do programa Rock em Stock, referente a Junho de 1980. Interessante constatar que a maioria dos 10 lugares do Top foram ocupados por álbuns da turma do Punk e da New Wave. A começar pelo magistral "London Calling" dos Clash, que destronou os intragáveis Genesis. Outro pormenor engraçado é a inclusão do 3º álbum dos 999 no Top, "Biggest Prize in Sport", disco que nunca chegou a ser prensando em Portugal, somente saiu em Portugal um single retirado do álbum, "Trouble".

Assim se vivia a New Wave em Portugal.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Playback enraivecido



1,2,3,4 ....Playback, Acção, Grupo Musical, 3 ou 4 elementos imbuídos pelo espirito delitante, dançarinas automatizadas, apresentadores de índole duvidosa, alegria a rodos, juventude formosa e assepticamente rebelde, 30 minutos de um espectaculo social, fim.

Top of the Tops, o verdadeiro palco de ilusionismo musical, 3 minutos de fama ou de infâmia (ver Exploited), passagem frequente para as bandas e artistas das multinacionais do consumo. Enganam-se aqueles que pensavam que passar pelo ToTP seria um acto de contracção para qualquer banda anti-establishment, ou por miudinhos, criaria repulsa em qualquer banda PUNK. Pelo contrário, muitas foram as bandas do meio Punk a por os pés no palco dos Totp, foram poucas as bandas que recusaram tal dadíva, honra seja feita aos The Clash, que sempre assumiram que nunca fingiriam "tocar" no Totp. No caso dos Clash, houve mesmo uma bronca com a editora da banda, CBS, que à revelia da banda permitiu ao programa TOTP passar um video da banda a tocar ao vivo. E quando não havia videos para passar, havia as bailarinas de serviço, as Legs & Co, que faziam uma performance ao som de uma música, os Clash foram representadas algumas vez pelo corpo de baile do TOTP, exemplo foi o tema "Bankrobber". Para finalizar a relação amor-ódio, entre os Clash e o TOTP, o tema "London Calling", serviu de tema de pano de fundo na apresentação do genérico do primeiro programa de 1980.

Se houve bandas que nunca tocaram no TOTP por livre vontade, outras houve, que não foram "convidadas", exemplo maior, os Sex Pistols, grupo non grato pelo regime, só em 1996 é que se pôde ouvir John Lydon de viva voz, com os temas "Pretty Vacant" e "New York".
 Fazendo rewind, a primeira banda Punk, ou melhor, a primeira banda ligada ao movimento PUNK, a tocar no programa, foram os The Jam, com o tema "In the City", os "não Punks" Eddie Hot Rods já tinham lá estado antes.

 A partir de meados de 1977, começou a ser normal ver bandas Punk a usar o palco do TOTP, The Saints, Buzzcocks, Adverts, Stiff Little Fingers, Sham 69, Generation X, umas com actuações mais irreverentes que outras, para o pódio das melhores prestações ficam a prestação dos Saints com o tema "Perfect Day" e dos Sham 69 com o tema "Hurry up Harry".





No virar da década de 70, surgiram no TOTP, mais bandas Punk a fingir que "tocavam", Uk Subs, Angelic Upstarts, Cockney Rejects. Os Cockney Rejects na sua primeira ida ao TOTP, fizeram das suas, meteram-se com as bailarinas e ainda deram umas pingas nos Mods dos The Lambrettas.

 Mas coube aos Exploited o trofeu dos "mais infames a aparecer no TOTP". Aparição ocorreu com o tema "Dead Cities", em 1981, uma prestação de 1.30, um combinado de poses iradas com petardos. Foram os ingredientes suficientes para uma chuva de chamadas para a BBC de pais preocupados com o futuro dos seus rebentos.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Mike Read, o dj que teve um pé e meio no Punk.

Mike Read, conhecido locutor/dj de rádio, que passou muito do seu tempo de radialista na Radio One (BBC). Durante o período do Punkismo, Mike Read editou 3 singles, um em nome pessoal, "Are you ready?", powerpop como linha condutora, o single ostenta uma fotografia do próprio à porta do Roxy Club. A segunda pedrada em forma de vinil, foi já sob a chancela de Trainspotters, com o mui aclamado "High Rise", tema que figura em algumas colectaneas Punk/Powerpop. Uma música que teve como base criativa o jingle do próprio programa de rádio do Mike Read. Resultando num tema punk pegajoso, no bom sentido claro, um clássico da fornada de 79 .
No mesmo ano 1979, é editado o 2º e último single dos Trainspotters, "Unfaithfull". Existe um CD que compila tudo o material punk/powerpop onde participa o Mike Read, ora como cantor principal ora como convidado, "70's 80's singles".

A cereja no topo do bolo, é a imagem da capa do suplemento "Sábado popular" de Maio 1981, onde surge o Mike Read acompanhado por duas beldades. A noticia referia que Mike Read tinha dirigido um coro para cantar no estádio de Wembley num encontro de hóquei feminino.


domingo, 12 de maio de 2013

O Alfinete #5 , Já disponível!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 
Já está à venda o número 5 do "O Alfinete". 1.70€ já com os portes, contacto: rocknoliceu@gmail.com Como o prometido é devido, O Alfinete volta a carga, desta vez envolto em lantejoulas e aspergindo glitter (risos). O presente número, o quinto, apresenta, não sei se pela primeira vez, a discografia Marginal Portuguesa Glam-rock/Junkshop/Proto-Punk, um pequeno apanhado dos singles de bandas estrangeiras lançados em Portugal. Além disso, há uma biografia, senão a mais completa, é uma das mais completas da banda Portuguesa Opinião Pública, um texto sobre o primeiro e único Festival Rock Cascais 1980, uma entrevista a banda inglesa The Stiffs, entrevista aos Portuenses Eskizofrenicos, uma biografia dos algarvios Psycho Tramps, Clockwork Boys, The Heartbreakers "L.a.m.f.", Paralisis Permanente, Punk na Polónia, The Roxy Club, críticas a discos.... contacto: rocknoliceu@gmail.com

terça-feira, 7 de maio de 2013

35 anos volvidos, o Regresso dos Eddie & The Hot Rods a Portugal.

Sim já é oficial, os Eddie & The Hot Rods estão de volta a Portugal, 35 anos depois da primeira e única vez em Portugal. De relembrar que os Eddie Hot Rods são considerados a primeira banda ligada ao movimento Punk a tocar em Portugal, o concerto deu-se no Coliseu dos Recreios em Lisboa, 7 Julho de 1978, com os Aqui d'el Rock a abrirem as hostilidades.
Desta vez os Eddie Hot Rods estarão em Castelo Branco, no festival Bastard Rock, em Setembro.

do álbum "Fish & Chips" 1980

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Uncle Po, "o antes" dos Private Dicks, The Fans, Dexy's Midnight Runners.

Uma super banda antes do tempo, Uncle Po, banda nascida e criada em Bristol, 1976 foi o ano da fundação. Durante dois anos, a banda deu mais de 200 concertos, embora o ponto alto da curta carreira tenha sido a vitória no concurso "Battle of Bands" promovido pela Radio 1(BBC).
O primeiro prémio seria a gravação de um álbum, prémio que viria encolher para um só single, frustradas as expectativas iniciais da gravação de um álbum, a banda acaba por gravar o seu único single,"Use my Friends", título "sugerido" pela BBC, censurando assim o título original que seria "Screw my Friends".

 O single saí em 1978 para o mercado de uma forma quase camuflada, sem involucro (leia-se capa), passando despercebido ao meio discográfico, resultado, as vendas foram muito fracas, tornando o single nos dias de hoje uma raridade. Falando propriamente do single, o tema "Use My Friends", new wave distinta, com uns teclados empertigados, fazendo vir à memória o nome dos The Stranglers, uma comparação que só abona a favor do disco. Lado contrário, temos "15 minutes", a música mais interessante, powerpop com travos à la Squeeze/ Joe Jackson.

Finada a banda, os seus membros espalham-se por outros projectos, Gavin King, forma os Private Dicks (banda entrevista no blog, a ler), Rob Williams(guitarrista) junta-se aos The Fans, e Helen Bevinngton adiciona o seu violino a formação dos Dexy's Midnight Runners.

Mais informações sobre os Uncle Po : http://www.bristolarchiverecords.com/bands/Uncle_Po.html

sábado, 27 de abril de 2013

terça-feira, 23 de abril de 2013

Little Bob Story, a banda do pequeno Bob.

 
A história do rock está cheia de personalidades, umas mais marcantes, outras nem por isso.
 Quando falamos de Pub-rock é inevitável referir os Little Bob Story e o seu front man, Little Bob, um rocker de palmo e meio, que faz jus ao velho ditado, "Os Rockers não se medem aos palmos". A caminhada dos Little Bob Story encetou em Havre, França, em 1974. O seu primeiro arremesso discográfico em formato LP surge em 1976, "High Time", um longa duração marcado pelos ditames do Pub-rock, um disco homogéneo sem falhas para os puristas do rock de Pub. No entanto, durante o ano de 1976, começa-se a sentir os primeiros abalos do terramoto "Punk-rock", abalos de magnitude 7.7 na escala richter. A banda não fica indiferente ao facto, e muda de ares, assinando pela novata "Chiswick Records", e lança no mesmo ano de 1976, um EP de 4 faixas, onde se sente que os blues ficaram encravados no Punk-rock.
A matriz Bluesiana apancalhada manteve-se na elaboração do segundo LP , "Off the Rails", disco com chancela da Chiswick. E para provar que a ligação ao Punk não era uma questão de moda, os Little Bob Story integram o cartaz do segundo festival Punk de Mont-de-Marsan, 1977.
Como sinal de maturidade rockeira, os Little Bob Story editam o seu primeiro álbum ao vivo, em 1978, desta vez sob a linha editorial da multinacional RCA. É um disco que capta ao mais ínfimo pormenor a pujança da banda em palco, tal qual uma lente de um microscópio. 

No mesmo ano sai outro álbum de estúdio, "Come see me", com uma capa em tom erótico tipo cheesecake (lendo assim, até parece um título de uma receita de doçaria). Com um som cada vez mais apurado, os Little Bob Story vão conquistando terreno no mundo do rock, tornando-se numa das maiores bandas de rock Francês.

Mas seria preciso esperar mais dois anos para ver a luz do dia o disco de consagração (na modesta opinião do editor deste modesto blog) dos Little Bob Story, refiro-me ao LP "Light of my Town". Um álbum onde o Punk-rock se esconde em becos, fazendo sobressair temas de rock mais melódico, com influências do early rock n roll ( "Bus Stop" é disso exemplo). O ritmo rockeiro vai-se revezando com baladas, algumas com uma clareza brilhante, exemplo "Golden Jail", a "baladona" do disco e quanto a mim, uma das grandes baladas do Rock. No álbum notam-se alguns embutidos Clashianos como "Switchblade Julie" e "Song for the Blind", o tema forte do lado B, rápido e certeiro, com uma melodia esguia, que nos obriga a ir no seu encalço, o tema mais próximo do punk-rock.


Pode-se pensar que este seria o álbum de "fim de festa", mas não, porque os Little Bob Story voltam à carga com um álbum "Vacant Heart" de 1982, celebrando o regresso da banda à cave do Puro Pub-rock.

O álbum tem temas fortes, como o "She's Mine", uma mistura de Slade com 999, puro punk-rock. A partir daí a carreira da banda foi pautando-se por mais concertos e mais discos, acabando em 1989. Hoje em dia Little Bob continua nas andanças rockeiras, mantendo a sua carreira a solo.
Brindemos ao Rock n Roll !

Nota de rodapé, os Little Bob Story chegaram a ser anunciados em 1983 na tour dos Dr Feelgood em Portugal, acontecimento que não se concretizou.
A nível de discografia, os Little Bob Story lançaram 3 Lp's em Portugal, "Live" 1978, "Light of my Town" 1980 (existem edições promocionais deste disco) e o "Vacant Heart" 1982.

domingo, 21 de abril de 2013

Big Star na tela, Cinema

O Festival cinema Indie Lisboa exibe esta semana o filme "Nothing can hurt me", um filme/documentário sobre a banda Big Star, um dos nomes cimeiros do Powerpop. Primeira exibição será na 4ªfeira dia 24 Abril às 21.45 no cinema S. Jorge.


Trailer: Chris Bell:

segunda-feira, 15 de abril de 2013

PIL , de regresso a Portugal.


A banda de John Lydon tem dois concertos marcados para Portugal, dia 21 Junho em Lisboa e dia 22 Junho no Porto, Casa da Música.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Clockwork Boys + Cavalaria 77 ao vivo Sábado, dia 13 Abril, Bairro Alto


Este sábado dia 13, há concerto Punk-rock, às 22h00 em ponto tocam os Cavalaria 77 como homenagem ao nosso amigo Zé Litro que faleceu. Cavalaria 77 são um projecto com o vocalista de Clockwork Boys mais amigos do Bairro da Ajuda e ás 22h30 em ponto começa o concerto dos Clockwork Boys.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Kelvin Blacklock , música fora de prazo. 1978



O nome de Kelvin Blacklock de certeza que não é familiar para nenhum conhecedor do Punk/Powerpop. Mas parece que o rapaz até teve curriculo, tocou com o Mick Jones, seu amigo, nos The Deliquents, (pre- London SS), depois juntou-se aos London SS, mas parece que o Kelvin B. não reunia consensos dentro da banda, vai-se lá saber porquê. Após os London SS integrou a banda do Rat Scabies, os White Cats, na qual desempenhava as funções de vocalista. Terminada a aventura Punk, foi altura de por mãos à obra e lançar o single de estreia. o single é lançando segundo a "regra às 3 pancadas", lado A uma cover bafienta dos The Herd, lado B uma balada rococo, composta pelo Midge Ure (safa na podia ter escolhido pior produtor, ahahah). Fazendo um apanhado geral do single, não é Punk(nem uma gramazinha de Punk este single tem). Powerpop tem pouco ou quase nada, um single desfasado do seu tempo, isto em 1978 nem para sopeiras de bigode aparado, um xaropada que podia ter tido outra repercussão se tivesse saído em 1974, e se os lados fossem trocados, balada em primeiro, e a música ritmada "shalala lee" em segundo. Um single que ficava bem na prateleira do Junkshop se tivesse sido editado durante o periodo áureo do Glam-rock. Agora em 1978, o single assenta que nem uma luva na prateleira dos discos falhados.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Número 5 do O Alfinete, em breve nas ruas.


Está para breve a publicação do quinto assalto do "O Alfinete". A próxima edição tem como prato forte o Glam-rock & Associados, leia-se por associados, Proto-Punk, Junkshop e restantes afilhados. Mais novidades serão reveladas em tempo oportuno. De relembrar que ainda estão disponiveis cópias do nº3 e nº4, últimas cópias.

domingo, 10 de março de 2013

The Fence , "to Anita with Love..." 1980

Banda Inglesa ultra obscura, lançaram um só EP (3 temas), 1980, o primeiro tema , é o smash-hit do EP,"Thinking that I souldn't", melodia de primeira com um sintetizador assertivo, perfect!!!!!!!!!!!
No segundo tema "Thru' with You" já temos um powerpop esclarecido, a lembrar a escola da Stiff Records.
O ep foi editado pela BFD Records, a mesma editora dos The Shadowfax.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Good Vibrations, o filme, estreia no final de Março

 
O tão aguardado filme "Good Vibrations" vai estrear no final de Março em Inglaterra.
O filme tem como assunto central a mitica editora Punk "Good Vibrations" e o seu fundador Terri Holey. O trailer deixa água na boca a todos os fãs da cena Punk, e em especial a todos aqueles que gostam da cena Punk da Irlanda do Norte. É esperar que o filme venha a Portugal integrado num daqueles festivais de cinema, é estar atento.

http://www.rte.ie/ten/2013/0308/goodvibrations.html

terça-feira, 5 de março de 2013

Porto Calling - Loja de Discos, 1º aniversário, promoções

A loja de discos Porto Calling, celebra este fim de semana e no próximo, o seu primeiro aniversário, e para abrilhantar a data, há dj's e desconto de 20% nos discos,...... Oh Yeah!!!!!!!!!!!!
Que seja o primeiro de muitos anos, merece uma visita, a loja situa-se na Rua da Conceição 80 - loja 2, Porto.

sexta-feira, 1 de março de 2013

"Eve of Destruction" as Versões apancalhadas

O tema "Eve of Destruction", original de PF Sloan, foi de alvo de várias versões Punk, na maioria dos casos, o tema mereceu uma boa roupagem (leia-se boa versão), exemplo Red Rockers, Forgotten Rebels, ou a desconhecida Bonnie Parker & The Acme Attractions. Noutros casos as versões não passam da mediania, exemplo a "des"cover dos Dickies ou dos DOA. Ficam alguns videos para ilustrar.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Antigo Testamento, entrevista a Rogério Gil.

O regresso do blog às entrevistas exclusivas, entrevista a Rogério Gil, mentor da banda "Antigo Testamento". Banda natural da grande Lisboa, editaram um single "Farto" pela independente RCS, em 1981.



1-  Quem eram os "Antigo Testamento"? Que elementos constituíam a banda?

Rogério Gil - A Banda foi criada por mim, que convenci os restantes elementos a fazermos os “Antigo Testamento”.
A banda era constituída por Rogério  Gil guitarra e Voz, João Baião Guitarra, Quimzé Mateus no baixo e Rui Teixeira  na bateria.

 
2-    Como definiras o som dos "Antigo Testamento"? Quais foram as suas principais influências?

 
RG - Um Som mais perto do Hard Rock e as bandas que nos influenciavam na altura, por ouvirmos muito eram: Deep Purple, Led Zepellin ,Doors, etc. as bandas Hard Rock da altura.

 
3-   Participaram em muitos concertos? Houve algum concerto que tenha marcado de forma especial a banda?

RG - Não tocamos em muitos concertos, apenas uns poucos, tendo em conta os que queríamos dar. Talvez o que nos tenha  dado mais prazer  tenha sido, as duas noites no Rock Rendez Vous e um no palco de Lisboa na festa do avante.

 
4-   Como é que surgiu o contacto para a edição do single "Farto", editado pela RCS em 1981?

RG - Entramos em contacto com a RCS, o dono da editora foi ouvir-nos a num ensaio e acabamos por gravar para a editor RCS.

 
5-   Houve divulgação e promoção ao single? Qual foi a reacção do público?

RG - A divulgação foi quase nula, não porque a RCS não se esforçasse, mas porque os meios de divulgação de musica Portuguesa, apenas divulgavam musica vinda das 3 ou 4 maiores editoras da altura, o que não era o caso da RCS.

Tenho ideia que o single chegou apenas a umas centenas de pessoas, que tropeçavam sem querer por ele, em algumas discotecas (entenda-se, sitio onde se vendiam discos)
Não cheguei a ter uma ideia clara acerca da opinião das pessoas que ouviam o single, apenas conhecia a opinião dos amigos, mas essa embora sempre favorável e positiva…. É suspeita.

6- Nos dois temas do single, nota-se que a banda tinha uma preocupação social. Era essa a temática da maioria das vossas letras? Lembraste de mais títulos de musicas que tenham feito parte do reportório dos Antigo Testamento?

RG - Conheci na altura um amigo ( Luís Rocha) que escrevia letras muito interessantes. De facto falava dos dramas dele, relativamente ao mau estar causado por viver numa sociedade “Podre”, violenta… que o atormentava. Trouxe o que ele escrevia ás musicas que eu fazia e resultou no trabalho dos “Antigo Testamento”.
Quanto aos outros temas, não me lembro dos títulos, mas eram na minha linha musical. São os únicos registos que não tenho da minha historia musical…

7- Depois do lançamento do single, a banda tinha intenção de continuar? Chegaram a pensar editar mais algum disco?

RG - A ideia era Gravar a seguir o álbum, mas as coisas eram tão difíceis que acabámos por ficar desmotivados, por falta de oportunidades. Eu por exemplo, a seguir aos Antigo Testamento, estive 2 anos sem tocar, só depois voltei para não mais parar, aliás penso ser o único musico da banda em actividade.

8- Após os Antigo testamento, integraste outra banda, os Apocalipse, pelo que sei era um projecto ambicioso, o que nos podes contar sobre essa banda?

RG - Assim foi, fui convidado pelo autor (Luís Mascarenhas) desse projecto fantástico, a ser guitarrista na banda, o elemento que ele precisava para montar o Projecto. Conhecemo-nos numa loja de musica em Faro, quando eu queria experimentar um amplificador e uma guitarra que estava com ele e que por lapso pensei ser da loja.
Foi óptimo, porque ao que parece, quando comecei a tocar para experimentar o amplificador e a Gibson SG que era dele, o impressionei bastante, daí ter surgido de imediato o convite. A musica dos Apocalipse era muito exigente em termos de execução e não só e o Luís tinha o projecto parado a há muito tempo, por falta do tal guitarrista. Foi o acaso que nos juntou.

9- Houve mesmo um concerto dos Apocalipse que foi organizado de propósito para o Steve Harris (Iron Maiden) ?

RG - Assim foi, o Steve Harris teve conhecimento, através de um Roadie  Portuguêschamado Manu da Silva dos Iron Maiden que tinha vindo para Portugal cuidar dos negócios do Steve, da existência de uma banda fantástica de Faro (os Apocalipse) e foi na sequencia do interesse dele para nos ouvir em concerto, que foi agendado o super concerto no teatro Lethes, um concerto fantástico, de que ainda hoje se fala.
O problema é que os IronMaiden à ultima da hora tiveram mais uma serie de espectáculos na sequencia de uma tourné, o que o impossibilitou de nos vir ouvir. Curiosidade Ja mãe do Steve Harris assistiu ao concerto, ele é que não.
Depois na sequencia disso e porque o Luís recusou uma série de oportunidades fabulosas entre elas a gravação em Paris do Album, no estúdio onde gravavam os Trust na altura,  a banda acabou por se desmembrar e o Projecto foi por agua abaixo. O ano passado falei com os elementos da banda para nos juntarmos de novo e dar seguimento aos Apocalipse, mas o elemento do costume, acabou por complicar tudo e ficámos no mesmo, ou seja sem concluir o fabuloso projecto “Apocalipse”…

10- Nos dias de hoje continuas ligado à música? Quais são os teus projectos actuais?

RG- Claro que sim, musico até sair deste mundo. Entre muitas coisas que fiz ao longo de todos estes anos, acabei de produzir o EP da banda de Metal Voidust, a ser lançado no dia 2-2-13 em Cascais e este ano editarei o meu FridayNight Project, composto por 10 temas instrumentais originais, numa linha musical diferente, mais próximo do Jazz, onde para alem de ter composto todos os temas, também toco todos os instrumentos gravados por mim no meu estúdio…
Um Projecto musical diferente muito interessante, em que apenas me preocupei com o meu gosto musical no momento em que o criava, longe daquelas tendências parvas do fazer musica porque a editora gosta assim ou assado…. Ao fim destes anos todos afirmo, que a fabulosa musica dos anos 80 e a evolução que daí poderia resultar, foi morta por uma série de gente ligada ás rádios principais deste País e aos responsáveis por musica nas TV´s que não conhecem uma coisa que se chama “Paixão pela musica” e muito menos “Bom gosto musical”, sobretudo pelo que é feito por Portugueses, são tipos que acham que passar umas musiquinhas de gosto muito duvidoso, cantadas numa língua que a maioria dos Portugueses não entende, os faz perceber o que quer que seja de musica, mas não!…..enfim, é o que temos ;).
Quanto a músicos e compositores muito bons em Portugal, sempre tivemos e haveremos de ter… o problema sempre foi e será, as pessoas que estão à frente dos meios de divulgação da musica…

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

The Tranzmitors, as ultimas transmissões do Canadá.

O blog apartou-se dos demais blogs e restantes plataformas, no que respeita a eleições dos melhores de 2012, as razões são várias e plausíveis, pouca coisa interessante se passou em 2012 a nível de edições e de reedições.
Mas nem tudo foi mau, os The Tranzmitors lançaram dois singles, uma lufada de ar fresco, powerpop de excelência, começa a ser impressionante a capacidade desta banda em produzir ''malhões'' de um calibre só audível durante o período 1977-82. Acho que não é preciso dizer, que os The Tranzmitors alcançaram para mim o estatuto da melhor banda de Powerpop da ultima década.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Radio 77 , Punk rock made in Madrid.

Punk rock de qualidade em pleno anos 90, é coisa rara de encontrar, mas em Madrid existiu uma banda, que hoje em dia atingiu o estatuto de banda de culto, que tocavam Punk rock como se estivesse em 1977, essa banda chamava-se Radio 77. A banda tinha nas suas fileiras dois elementos que vinham de outra banda Punk rock, os Snap.
Editaram um ep e dois albuns, ambos os artefactos são raros e muito procurados. O primeiro EP contém 3 temas de um punk-rock bem cadenciado. Donde sobressaem sem dúvida a melodia das guitarras, sem nunca perder o jogo Punk-rock. Em 1995 saí o longa duração, "Terrorismo Juvenil", do qual é extraido o tema "Fe y Gloria", como single de apresentação. Um tema forte, lembra à primeira os Chelsea, punk corrido com coros catchy, além de dois temas originais,  foram adicionadas duas versões, uma dos Clash "Garageland" e outra dos The Who, "Lies". Em 1998 é lançado para as ruas o segundo e ultimo album, "El Sonido de la ciudad". Biografia: http://lafonoteca.net/grupos/radio-77

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Raridade Monstruosa. "Star Rocker's" 1980 cassette

 
O regresso do achados arqueologicos, desta vez, uma cassette de 1980, que inclui os Speeds, com os dois temas do segundo single "She's gonna leave me". E as raridades não se ficam só pelos Speeds, porque a cassete inclui dois temas dos The Quads, temas retirados do single, "There's Never Been A Night"/"Take it" de 1979, single esse que nunca chegou a ser editado em formato vinil em Portugal. As restantes bandas que compoem a cassette são  do campeonato ska two tone, The Gangsters e Wide Boys e os The Chequers, e não Matthias, como está impresso no inlay, confusão derivado ao nome da editora, Matthias Records, tipica lei do menor esforço. De realçar que o single dos The Chequers também nunca foi editado em Portugal, por conseguinte mais um ponto a favor desta cassete. Além da turma do ska, também há lugar as bandas que não eram carne nem peixe, os Garbo (também conhecidos por Garbo Celluloid Heroes) com o seu Punk/glam fora do tempo, e os The Thrillers.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Programa de rádio dedicado ao "O Alfinete", Mundo Subnormal

Sem dúvida o ponto mais alto que o fanzine "O Alfinete" viveu até agora, um programa de rádio todo ele dedicado ao terceiro numero, fico sem adjectivos para classificar este reconhecimento por parte do colectivo da radio "Mundo Subnormal". Só me resta agradecer ao pessoal de Madrid todo o seu interesse que tem dado ao "Alfinete", sem dúvida fora de série.

http://mundosubnormal.blogspot.pt/

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

The Protex ao vivo em Madrid, 9 Fevereiro (sábado)

A mitica banda da Irlanda do Norte, Protex, irá tocar em Madrid no dia 9 Fevereiro, um sábado. Fica um cheirinho.

domingo, 6 de janeiro de 2013

O Sugador de Sangue, no Tal&Qual, 1982

Quem não se lembra do semanario Tal e Qual?
O Jornal que pôs a nu (muitas vezes literalmente) muitos assuntos que melindravam a sociedade conservadora da época, abrindo um genero de caixinha dos horrores, que ia desde o assunto mais escabroso, ao mais insólito, tipo,  "Português espião de Hitler vive em Castelo Branco" (título do jornal 24, Agosto 1981),"Morrer e ser chorada só por gatos e por um papagaio", ou "Casal a três dá bronca em Benfica" (22 Novembro 1980). Alguns numeros do Tal e Qual ficaram nos anais do jornalismo, exemplo, os numeros relacionados com a Cicciolina em Portugal, a celebre actriz Porno e dePUTAda do Parlamento Italiano. Mas a publicação de hoje, versa sobre um artigo que saiu em 1982, sobre a banda Teen-Punk Francesa,
Bloodsucker. Pode parecer inusitado um artigo sobre os Bloodscuker num jornal como  Tal e Qual, mas não é, isto porque durante os 3 primeiros anos de vida do jornal(1980-83), o jornal consagrava sempre uma página ao universo da música, página essa que ficava sempre no canto dos fundos do jornal, lá para a antepenultima página. E o interesse dos artigos publicados, é que o jornal fazia questão em abordar assuntos que ficavam "à porta" de muitas publicações da especialidade(Musica Som, Se7e...). Desde as broncas com os promotores de concertos, às desavenças das bandas com as editoras, etc... ou seja aqueles assuntos que criavam mal estar e que soava sempre bem num jornal como o Tal e Qual. Mas voltando aos Bloodsucker, banda composta por 5 putos, praticantes de um punk rock à la carte, editaram um só single, "Joue". Não foram caso único no que toca a putos a tocar Punk rock, em França houve mais dois grupos, Zero de Conduite e os Les Félés.