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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os mutantes do Punk, da crueza para a brandura.



É sabido que para muitas bandas foi/é dificil dissociarem-se de uma certa imagem criada pelas próprias bandas. A necessidade de mudarem de sentido musical, fez com que muitas bandas já com "nome", mudassem precisamente de nome.
Um exemplo foram os Slaughter and the Dogs, que em 1979 mudaram de nome temporariamente, e passaram-se a chamar, Studio Sweethearts, com um som mais soft, a puxar para o powerpop com toques rock'n'roll, editaram um único single, "I Believe". Mas a alteração de nome veio a provar-se um fracasso, com uma concorrencia fortissima, e com um nome pouco apelativo, o single passou ao lado, o curioso é que a edição alemã do single vem com o nome de Slaughter and The Dogs e não com o de Studio Sweethearts.




Outra banda que seguiu o mesmo caminho dos Slaughter and The Dogs, foram os Menace, depois de 4 singles com algum sucesso, os Menace mudam de corrente musical, e em 1979 juntam-se a cantora Vermillion e formam grupo, Vermillion and the Aces, editam o single "Letter", a fórmula adoptada ia mais para o post-punk. Em 1981 abreviam o nome para The Aces, e lançam o single "One Way Street", com um som vincadamente powerpop/mod, o tema que dá título ao single tornou-se num clássico do powerpop Inglês, figurando em algumas colectaneas da especialidade. Em 2001 os The Menace regravam o tema "One Way Street" para o album "Crisis".



Os The Boys, mudaram também de nome durante a sua carreira, mas as razões foram outras, mas isso já é outra história, quem sabe para um futuro artigo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Rebellion 2010 , Reportagem - Parte 2


Continuando o relato sobre as incidências no Rebellion, o sábado foi um dia em cheio, tal era o numero de bandas de referencia que iriam tocar nesse dia. Logo a tardinha havia os Red Alert banda Oi! de Sunderland, foi um concerto que nao aqueceu nem arrefeceu, a banda só tinha como membro original o vocalista Steve 'Cast Iron' Smith, o resto era tudo malta nova, primeira malha foi o "Take no Prisoner", mas o publico não esteve muito animado, passado algumas musicas aparece o tema clássico "In Britain", para no final tocarem "SPG".


Acabado o concerto foi altura para acelerar o passo para ir ao encontro de Nick Cash (999) que estava a ter uma actuação a solo no pub do Rebellion, quando chego já Nick Cash estava a fechar a loja. Foi tempo para pedir um autografo e dar duas de conversa com Nick Cash, ele lembrava-se perfeitamente das 3 idas a Portugal, não se esqueceu de Cascais eheheh e referiu que a razão por detrás do cancelamento do primeiro concerto em Cascais com os Stranglers esteve na falta de capacidade eléctrica do pavilhão.


Acabada a conversa, era tempo de voltar a sala "Arena" para ver uma das bandas mais carismáticas de Belfast, os The Defects, o publico já agitou-se ao som punk dos Defects, para isso contribuíram muito as malhas do album "Defective Breakdown" de 1982, iniciaram o concerto com "Dance", seguiram-se as malhas "Brutality","Killer on Streets", "Survival".
Ante
s de finalizarem a sua actuação, os Defects tocaram a "Jeanie Jones" dos Clash, escusado dizer que foi o delírio para grande parte do pessoal que estava a assistir, depois foi tempo de "massacrar" como a soberba musica "Defective Breakdown".


Finalizado o bom concerto dos The Defects, a festa continuou com os 999, com uma excelente moldura humana a assistir, os 999 agarraram o publico desde a primeira musica ate a ultima. A banda conta com 3 membros da formação original, Nick Cash (voz,guitarra), Guy Davis (guitarra) e Pablo Labritain(bateria) , no baixo estava Arturo (Lurkers). Os 999 arrancaram com "Inside Out", partir dai foi um desenrolar de musicas que fazem parte da historia do Punk, "Emergency", "Nasty Nasty", "Homicide", para o fim ficou o primeiro single dos 999 "I'm alive".



Gostava de realçar que nos corredores do espaço onde realiza-se o festival, o "Winter Gardens", decorria uma feira de discos/cd's/roupa, também havia bancas das bandas que participaram no festival, e foi numa dessas bancas que encontrei o TV Smith (ex. Adverts), ao principio nem o reconheci, só quando vi um punk com o seu filho a pedir ao TV Smith para tirar uma foto, é que apercebi-me que estava perante com o vocalista dos míticos The Adverts. Claro que pus logo conversa, o Tv Smith ainda assinou-me o disco "Cast of Thousands".



Depois fiz uma pausa para ir a guest-house (esta guest-house dava um bom post humorístico) onde estava instalado. Voltando ao Rebellion dou de caras com uma banda que nunca cativou-me, mas que teve um começo de concerto como uma intensidade de fazer inveja a muitas bandas que tocaram no Rebellion, falo dos The Penetration, a malha de abertura foi "Stone Heroes", logo a seguir "Life's a Gamble", de uma assentada as duas melhores malhas dos Penetration. Foram-se sucedendo as musicas, destaco a cover dos Buzzcocks "Nostalgia" e um dos hits dos Penetration "Don't Dictate".

Após o final do bom concerto dos Penetration, fui dar uma vista de olhos nos Vice Squad, embora nao depositasse muita esperança em ver um bom concerto por parte dos Vice Squad, cedo entendi que fiz mal em apostar no concerto dos Vice Squad.O que dizer de uma banda que consegue assassinar as suas melhores musicas? pouca coisa, vi 5 musicas e dei a sola, bastou-me ouvir a musica "Latex Love" completamente "desfigurada" em relaçao ao original, para perceber que o concerto dos Vice Squad era perda de tempo.



O que tem de bom um festival com esta dimensão é que a seguir a um mau concerto vem um bom concerto, e foi o que acabou por acontecer, os responsáveis pelo bom concerto foram os The Stiffs, praticantes de um punk-rock classico com uns toques de powerpop. Nao estava muito pessoal a assistir, talvez por esse motivo houve uma boa empatia entre a banda e o publico. Os Stiffs tocaram os seus hinos "Innocent Bystander", "Volume Control","Inside Out", embora o momento alto foi com "Goodbye my Love"(orignal dos GlitterBand), com o publico a entoar em voz alta o refrão.

A seguir veio o prato principal da noite, Slaughter and the Dogs, um dos melhores concertos que eu assisti em todo o festival, um concerto com uma energia estonteante, que contagiou toda a sala. Os Slaughter lançaram-se às feras com o magistral "Boston Babies", o alinhamento do concerto baseiou-se em quase tudo de bom que os Slaughter gravaram, "Where have all the boot boys gone","Cranked up really high", "Situations", "I'm mad" e "Johnny T.". A linha da frente do concerto estava em plena agitação com o constante arremesso de "bombas" por parte dos Slaughter, ate houve uma cena de pugilato (a única cena de violência que eu presenciei em todo o festival).


A ultima banda da noite eram os New York Dolls, com sala cheia para assistir aos dinossauros do rock n'roll, o começo prometia, "Looking for a Kiss", mas com o desenrolar do concerto, com muitas pausas, conversas de chacha e muito atitude de estrelas, a sala esvaziou-se num apíce, para metade. Parecia que os Ny Dolls nao conseguiam dar a volta ao jogo, nem a malha "Trash" conseguiu empolgar o publico, ainda tentaram segurar o concerto com um dos seus trunfos "Personality Crisis" mas já era tarde. Um concerto pouco feliz.

....continua


quarta-feira, 31 de março de 2010

Slaughter & The Dogs + Cock Sparrer, segundo a crítica Portuguesa


Segundo a crítica publicada na revista M&S, "os Cock Sparrer tinha um som mais violento enquanto os Slaughter & the Dogs primavam pela inteligência". Dois singles editados no inicio de 1978 em Portugal.