quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Edith Nylon, a New Wave em marcha.

 
Abrindo o baú da New Wave, decidi pegar numa banda francesa, Edith Nylon, que passou despercebida aqui no burgo, ao contrário de alguns dos seus conterraneos, exemplo, Telephone, Bijou, Dogs.. que tiveram acesso ao mercado nacional.
 Assim sucintamente, os Edith Nylon, foram um dos porta-estandartes da New Wave Francesa, inciaram actividade em 1977 em plena "epidemia" Punk, "epidemia" essa que grassava por toda Europa e pelos States. O mercado musical tenta desesperadamente lançar antídotos para combater o "mal", muitos deles já fora do prazo, doses de Disco-sound, Glam polvilhado de glitter bafiento, Rock em Progresso com guitarras de dois braços....  mas já foi tarde. Uma geração já se encontrava contagiada e os Edith Nylon não escaparam.
A banda era chefiada por uma rapariga,Mylène Khasky, que tomou conta do sintetizador e da voz principal, restante grupo era formado por Christophe Boutin (guitarra), Zaco Khasky (guitarra), Albert Tauby (bateria) e Laurent Perez (baixo).
Com a lição bem estudada, os Edith Nylon, lançam-se à estrada, com concertos arrebatadores, um desses concertos permitiu que uma multinacional do retalho fonográfico,CBS, abri-se as portas à banda.
 Em Jullho de 1979 saí o primeiro vinil longa duração, com o título homónimo, "Edith Nylon".
Um cocktail composto de 10 faixas que emanavam um New Wave de primeira, reforçada por uma camada Punk-rock, fruto das influências iniciais. Esta junção natural, permitiu aos Edith Nylon serem uma banda de referencia, resultado, o album vende cerca de 30.000 cópias. Merecem menção os temas, "Edith Nylon", só digo é um verdadeiro clássico do Punk-rock Francês, "chromosome X"; New wave pautada por um ritmo maquinal, aliás "maquinal" é o melhor adjectivo para classificar o album, temas com  "Ma Jolie Famille" ou "Tank" teem um cadencia quase militarista.


 1980, a banda viaja para Londres, para gravar o segundo registo de longa duração, no estúdio Wessex, por coincidência ou não, a banda encontra os The Clash em estúdio, em alturas de gravação do triplo album "Sandinista", ambas bandas faziam parte do catalogo da CBS. E esse fortuito encontro com os Clash, deu em coloboração, Mick Jones grava voz no tema "Johnny, Johnny" e o Nick Topper Headon dá o seu contributo tocando percursão no tema "Taiwan".
 Concluidas as gravações, os Edith Nylon lançam "Johnny Johnny", um album não tão forte como o seu predecessor, seguindo uma evolução natural para o Post-Punk, afastando-se aos poucos do som mais cru inicial. Temas fortes, "Johnny Johnny", "Les Rebelles", "Cinémascope".
 Após o segundo registo, os Edith Nylon passam pela já conhecida "travessia do deserto", saíem da banda dois elementos.
 No ano de 1982, lançam o seu ultimo suspiro, "Echo, Bravo" pela prestigiante Chiswick Records, um duplo album, que não teve o devido suporte de estrada, isto porque, passada uma semana de o disco sair a banda cessa funções.

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