segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Rebellion 2010, Reportagem, Parte- 1



E´´ consensual dizer que o Festival Rebellion e´´ o maior evento relacionado com o movimento Punk Oi! na Europa, já com 14 anos seguidos de festival, primeiro sob a denominacao de Holydays in Sun depois Wasted e agora Rebellion.

Este ano, para nao variar esperava-se 4 dias intensos de Punk/Oi!/Ska/Rockabilly/HC em Blackpool, e foi o que acabou por acontecer, se o prato principal era o Punk e todas as suas subcategorias(Punk 77,Punk-HC, Anarcho-Punk, Crust..), os adeptos do Oi! também tiveram direito a ter no cartaz bandas carismáticas. Como seria de esperar o primeiro dia foi o mais "calmo" dos 4 dias, mesmo assim pisaram o palco nomes conhecidos, Lurkers, Section 5, Blitzkrieg e os Menace.
Só vi o concerto dos últimos, Menace, reduzidos a um power-trio, conseguiram incendiar o muito publico que assistiu ao concerto(a maior enchente que eu vi naquela sala de concertos, o festival estava dividido em 6 salas). A prestação dos Menace baseou-se essencialmente no material vintage Punk 77, "I'm civilised", "Screwed Up" e para o final "GLC", "Last Years Youth" duas malhas que levaram ao rubro a sala, com pessoal a subir ao palco para juntar-se aos coros.

No primeiro dia assisti apenas ao concerto dos Menace e posso dizer que bastou para regalar os ouvidos, abdiquei de ver os Lurkers, já os tinha visto no Pinhal Novo em 2006.


Seguiu-se 6ªfeira com uma cartaz já cheio de trunfos, foi um dos melhores dias juntamente com o dia de sábado. Um dos concertos que mais ansiava ver era o da Hazel O'connor, sou fã do filme "Breaking Glass" e da sua banda sonora, tudo musica da autoria de Hazel O'connor, uma verdadeira senhora da New-Wave.


Notava-se uma certa ansiedade por parte do publico para ver o concerto de Hazel O'connor, e mal entra em palco a festa começa, Hazel sabia ao que ia por isso todo o alinhamento foi composto na integra pelas musicas do disco "Breaking Glass". O concerto foi um autentico balsamo para os ouvidos, com new wave de primeira foi facil o entendimento entre Hazel e o publico, momentos altos,"Hangin around"(cover dos Stranglers, a única musica que não faz parte do album"Breaking Glass"), "Black man", "Writting on wall" e claro para o fim "Eight Day".




Antes da actuaçao de Hazel O'connor, vi o concerto dos Klasse Kriminale, um concerto agradável para o inicio de tarde, uma actuação mais próxima ao punk-rock do que ao Oi!, no final do concerto os KK executaram na perfeição o hino intemporal "If Kids are United", original dos mestres "Sham 69".




Continuando, depois da Hazel O'connor, seguiram-se os Chelsea, outro concerto que tinha marcado como essencial, e não me enganei, Gene Octobre continua na mesma ,parece que esteve em formol estes anos todos(eheheh), um dos grandes front-mans do Punk-rock, sem tento na língua, mandou bocas aos técnicos de som dizendo "que os Chelsea mereciam o mesmo respeito que os Cockney Rejects".


Um concerto que teve como unico senao os parcos 30 minutos, para uma banda como os Chelsea, sabe a pouco 30 minutos, faltaram muitos classicos. A primeira malha foi "Your Toy" para logo a seguir explodir "Twelve Men" (para mim um dos pontos maximos da discografia dos Chelsea), "All the Downs" e no final "Urban Kid".
Acabado o concerto dos veteranos de 1977 foi tempo para correr e ir ver na outra sala o concerto de outros veteranos da cena punk 77, os Rezillos, mal chego a sala ja o concerto tinha começado, apanho no ar a musica "Top of the Pops". Mas cedo deu para entender que este seria uma dos piores concertos que presenciei no Rebellion, tudo por causa do pessimo som que era exalado do palco, vi mais 4 musicas e abalei da sala para fazer uma pausa.




Porque logo a seguir havia Stiff Little Fingers, o que dizer desta banda do Ulster, simples os SLF sao uma instituiçao do Punk-rock, uma banda que merece o respeito de todos aqueles que gostam de punk-rock. Antes do concerto começar, notava-se que nao iria ser apenas mais um concerto para preencher calendario, mas sim uma confranternizaçao punk-rock. Os SLF entram em cena com "Wated Life", no meio houve uma cover dos Specials "Doesn't Make it alright" (muito bem escolhida esta malha), para depois os SLF e toda a sala homenagearem Joe Strummer com a musica "Strummerville". Para o final estavam reservadas as guloseimas, "Suspect Device" e "Alternative Ulster", senao bastasse os SLF voltaram ao palco para um encore.


Mas a noite de 6ªfeira na acabava no concerto dos SLF, ainda havia Cockney Rejects, outro concerto que ja tinha em mente assistir, o concerto nao foi aquilo que esperava, porque falando de Cockney Rejects a fasquia e´´ mais alta, para mim a melhor banda de Oi! (embora na minha opiniao os CR sao mais uma banda de punk-rock do que de Oi!). Os Cockney Rejects desenvolveram bem o seu som, mais musculado e menos punk-rock, Jeff Turner com boa presença em palco sempre com tiques de pugilista (reflexos do passado de pugilista).



Os Cockney Rejects agarraram a audiencia com malhas "we are the firm", "war on the terraces", "Power & Glory", o inevitavel "Bad Man". Antes de dar inicio ``a musica "friends", Jeff Turner dedica a musica ao Joe Strummer.
Os Cockney Rejects concluem o concerto com "Police Car" e "Oi!Oi!Oi!".

3 comentários:

biolisboa disse...

Boa reportagem Andy! lol
Então o Gene October está na mesma. Bruxaria! haha. Os Chelsea são uns dos grupos de que temos montes de fotos de Roxy Club em 1977. Tenho de desencantar os meus arquivos!
Ciao
Rui de Castro
http://www.youtube.com/user/RuiDeCastroOpirata

Anônimo disse...

Já voltaste cigano?
Vi a maior parte dessas bandas em 2002 e realmente as que me marcaram mais foram Stiff Little Fingers e Cockney Rejects.
Apita que tenho novidades.
Cheers
Rattus

Anônimo disse...

Olá Merton vejo que andas completamente absorvido, não falhas um unico festival de punk este verão,espero que enchas a barriga e nos mates a todos de inveja. Só temos de te agradecer pela excelente informação que nos consegues transmitir, desses preciosos momentos.

Um abraço
Lisbon Subs