Domingo foi o último dia de Rebellion, um dia em que a ementa era constituída na sua maioria por bandas dos States. Bandas sonantes não faltavam no cartaz, o que muitas vezes não quer dizer que haja qualidade, já tinha seleccionado os concertos a assistir. Logo ao inicio da tarde já andava pelo Reebellion, e numa das voltas pelo recinto, dou de caras com o Lp original dos Slaughter and the Dogs "Do it Dog Style" que se encontrava no chão juntamente com um disco dos GBH e um da Siouxsie.
Claro que não pensei duas vezes, e peguei no disco dos Slaughter, ainda num descargo de consciência perguntei a rapariga da banca mais próxima se os discos eram de alguém, ela disse que os discos estavam no chão desde o inicio da manhã, logo não eram de ninguém. Não podia ter começado melhor o dia, eheheh, é verdade que o disco está bastante usado, mas é um disco obrigatório para qualquer fã de Punk-rock, o disco atinge um preço já para o caro (ronda as 30 libras).
Já com o disco dos Slaughter and the Dogs debaixo do braço foi altura para ver os The Pigs, banda punk 77 de Bristol, editaram em 1977 um EP "Youthanasia", os The Pigs tiveram bem, sempre a esgalhar Punk-rock à la 77.
Como o dia era fraco em concertos, passei parte do tempo nas bancas de vinil/Cd, em negociações que levaram o seu tempo, consegui trazer alguns discos que são bastante raros, caso do primeiro EP dos Undertones- "Teenage Kicks", edição original da Good Vibrations, Long Tall Shorty - "By your Love", disco quase impossível de encontrar, produzido pelo Jimmy Pursey, mais o single dos Maniacs - "Chelsea 77".
Mas a azafama dos concertos não parava, foi altura para ir ver os The Skunks, o concerto que teve menos pessoas a assistir, estavam para ai 20 pessoas a ver e ouvir os Skunks. Mas algo que não intimidou a banda, antes pelo contrário, os The Skunks deram um bom concerto, Punk/Powerpop de categoria. O primeiro tema tocado pelos Skunks foi "Take it or leave it", continuando na mesma toada Punk-Pop, os The Skunks acabam com a música "Heart Attack".
Não havia tempo a perder, noutra sala iriam tocar outra banda punk 77, Bleach Boys, autores de um dos singles mais cobiçados, "Chloroform".
Um concerto cheio de "power", punk rock in your face, vocalista esteve sempre a tentar puxar pelo público.
Outros veteranos do punk 77 inglês que tocaram no domingo, foram os London, que contam com dois membros originais, Riff Regan (vocalista) e Steve Voice (baixo). O concerto dos London foi o momento alto do dia, proporcionaram ao muito pessoal que estava na assistência, uma viagem gratuita ao ano de 1977, começaram a jornada com "No Time", sem mais delongas, os London lançam-se num corrupio de clássicos, "Animal Games", "Siouxsie Sue", o já carismatico "Friday on my Mind" (original dos Easybeats).
Mas o ponto máximo foi com "Everyone's a Winner", para depois acabarem com "Speed Speed". Nota, mesmo no final ainda estavam os London a actuar, já as "estrelas" dos 7 Seconds já preparavam o seu sound check, não respeitando os horários e mostrando uma falta de respeito, teve de ir lá uma santa alma dizer aos "Sete segundos" para pararem de tocar.
Concluido o concerto dos London, já pouco havia para ver, isto é, concertos que pudessem agradar-me, foi altura para examinar outra vez a lista de concertos, e notei que ainda iriam tocar os Criminal Class, banda a puxar mais para Oi!. Os
Criminal Class deram um concerto razoável, algumas malhas ainda com o cheirinho "Legion 82", tocaram o tema mais badalado do reportório, o "Blood on Streets"(musica que gravaram para o album "Strength Thru Oi!").
Antes de despedir-me do Rebellion ainda fui dar uma vista de olhos no concerto dos Bad Religion, acho que nem cheguei a ouvir uma música completa (ehehehe), fui-me embora, não sem antes espreitar o concerto dos Subhumans, estes ainda vi 2 músicas, mas o cansanço era muito.
Nota final em relação ao festival, valeu o tempo despendido e o dinheiro gasto, de uma assentada vi muitas bandas que eu curto, bandas que dificilmente volto a ver em Portugal.